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domingo, 6 de março de 2016

O Melhor e o Pior da Semana (28/02 à 05/03)




O MELHOR DA SEMANA


A queda do Pai da facção


Apesar de ter apresentado uma reta final sem muitas novidades, se permitindo cair no clichê da mocinha que é sequestrada pelo vilão que possui uma paixão obsessiva por ela ou do vilão que consegue fugir de um comboio policial de uma forma simples e típica de novelas, A Regra do Jogo voltou a manter seu ritmo acelerado que leva ao público a sensação de que a qualquer momento tudo pode desmoronar na vida dos personagens. E desmoronou na mansão dos Stuarts. Dante já não confiava mais cegamente na mãe, mas, como está longe de ser o policial esperto que todos desejam, por mais que desconfiasse que algo estava errado, não conseguia ligar os pontos. Foi preciso Kiki denunciar Gibson e confessar toda a verdade para o filho, em uma sequência emocionante, com mãe e filho se perdoando e chorando copiosamente. Entrega visceral de Deborah Evelyn e Marco Pigossi.


Depois, foi a vez de Belisa, Cesário e Nora descobrirem que Gibson é um bandido. E foi aí que a casa do Pai da facção caiu de vez. E de nada adiantou ele se fazer de vítima e tentar enganar a família dizendo que Kiki era da facção, chegando a levar um belo e merecido tapão de Nora. Renata Sorrah divina. Assim como Bruna Linzmeyer, Johnny Massaro e, principalmente, José de Abreu. 


José de Abreu, inclusive, é o cara do momento em A Regra do Jogo. Ao longo dessa penúltima semana da novela, acompanhamos a derrocada do seu personagem e sua espiral de autodestruição, bem como o adeus à sua lucidez. A verdade é que Gibson sempre contou demais com seu poder e dinheiro, usando-o para ameaçar Zé Maria a permanecer quieto, para chantagear Kiki, para persuadir Aninha, para "comprar" delegados. Não demorou muito para que todo esse seu poder não valesse de nada e ele logo encontrará seu fim. Mas é interessante notar como o texto de João Emanuel Carneiro colocou Gibson lá no alto, preparando o terreno para a aguardada queda do grande chefe da facção.


No capítulo desse sábado (05/03), o autor caprichou no texto de Gibson, que, após uma fuga de helicóptero de pura adrenalina e pirado por estar prestes a ser preso, se descontrola e humilha todos os seus capangas, incluindo Mara e Tio e chegando até a agredi-lo e quase matá-lo. Um discurso reacionário e extremamente "coxinha", com frases do tipo: "eu queria mudar o Brasil, mas não se pode mudar o país se a gente tiver que contar com brasileiro", "lambão, vagabundo e preguiçoso, um típico brasileiro médio", "todo brasileiro tem seu preço", "isso aqui é Brasil, em todo lugar tem arrego", "país de bosta, povinho ordinário", "já comprei deputados, senadores, juiz, imagina se não vou comprar um delegadozinho". Ufa! JEC estava muito inspirado. A cena foi claramente inspirada no filme A Queda - As Últimas Horas de Hitler, mas nem por isso deixou de ser tão extraordinária quanto, proporcionando mais um show de interpretação do José de Abreu. Chegou a dar medo!


Pela primeira vez, o Pai se sentiu ameaçado e acabou deixando a loucura tomar conta da sua lucidez ao sequestrar Nelita e fazer a própria filha de refém, em um gancho final de arrepiar. Prepare o seu coração, porque a semana final de A Regra do Jogo vai ser cheia de emoção e de tirar o fôlego.

As sátiras do Tá no Ar



O  Tá no Ar teve uma sacada de mestre ao parodiar Glória Pires e o Oscar e mais uma vez mostrou que é o melhor humorístico da atualidade. A octogésima edição do "Golden Hóstia Awards" premiou o melhor sermão do ano. Assim que cada candidato era anunciado, a gravação de um comentário da Glória era inserida. A atriz soube rir de si mesma após o mico que foi a sua participação na transmissão do Oscar (leia mais abaixo) e o resultado foi uma das melhores sátiras do programa.


A brincadeira com Paulo Betti como Paulo Bete, A Feia (em uma clara referência à novela mexicana) também foi genial, assim como a piada com o filme Star Wars ("Está Uó"). Muito bom. Impagável!

Os disfarces de Pancrácio




Já deixei bem claro para todos vocês que acho Eta Mundo Bom bem chatinha. Nada acontece na novela. São (quase) sempre as mesmas situações. Mas eu tenho que admitir que Marcos Nanini está roubando a cena na novela. É impossível segurar o riso todas as vezes que Pancrácio se disfarça para conseguir dinheiro ou enganar alguém. O disfarce dessa semana foi de Miss São Paulo. Hilário!


O PIOR DA SEMANA


Atuação caricata de Hélio de La Peña



Não sei se é por causa dos muitos anos no Casseta & Planeta, mas Hélio de La Peña não me convence em Totalmente Demais. O ator parece estar sempre interpretando algum personagem nas antigas paródias do humorístico. Eu já vinha percebendo isso faz um bom tempo, mas essa semana, com o coma de Dorinha, confirmou-se o péssimo ator que ele é. Toda a situação era dramática e exigiu bastante dos atores envolvidos. Juliana Paes deu um show expondo um lado muito frágil e humano de Carol. Fábio Assunção deu um show com Arthur apoiando Carolina e cuidando dos filhos de Dorinha junto com ela. Os filhos de Dorinha deram um show com o misto de dor e saudade pela falta da mãe. E Hélio de la Peña... Ehr... Bem... Inexpressivo estava, inexpressivo ficou. A irmã e os filhos passaram mais emoção em cena que o próprio marido com o coma da Dorinha. Acredito que a seriedade de Zé Pedro seja um equívoco para um ator que ficou conhecido por fazer imitações. O advogado poderia ter mais traços de humor para sua interpretação soar menos falsa. Até porque, ao contrário da Samantha Schmutz, que consegue transitar perfeitamente entre o drama e o humor, Hélio não tem a mesma sorte e ainda não se encontrou nas novelas.  Está errando feio. Está errando rude!

Glória passa vexame na transmissão do Oscar



Foi impagável ter acompanhado a cerimônia do Oscar pela Globo e o maior destaque foi Glória Pires. A atriz não viu nenhum dos principais filmes e seus comentários eram na linha "não vi", "não sou capaz de opinar", "interessante", "que pergunta difícil" e chegou a falar que seu preferido para melhor filme era Trumbo, que não estava indicado. Pode ser mais engraçado do que isso? Um comentarista de Oscar que não viu nenhum dos concorrentes? Não pode. Mas também é triste. Isso sem falar na cara de tédio do início ao fim da atriz durante a transmissão. Parecia que ela tinha encarnado a Beatriz, sua personagem em Babilônia, pois, definitivamente, não estava disposta. Quem escalou Glória para a função, no mínimo, deveria ter perguntado se ela assistiu aos filmes. Ou mesmo ela deveria ter dito "não vou comentar porque não vi os longas". Chegou um momento da noite que a coisa ficou surreal, com a atriz soltando um "médio" como comentário. Pode isso? Médio??? Como assim? Foi uma exposição desnecessária. Todo mundo riu da cara da Glória Pires (nós também, veja aqui), uma das atrizes mais respeitadas do Brasil. Eu até torço para que ela vá nos outros anos, porque foi engraçadíssimo. Só que é uma queimação de filme sem tamanho. Estava engraçado? Sim, estava, mas era um humor involuntário, até porque ela não é comediante e não estava lá exatamente para nos fazer sorrir. Ou Glória assiste aos filmes da próxima vez ou não participa. Foi patético.

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