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domingo, 11 de outubro de 2015

O Melhor e o Pior da Semana (05 à 11/10)





   Sensacional: a sexta semana de A Regra do Jogo   


João Emanuel Carneiro é, de fato, o mais inventivo autor de telenovelas no Brasil atualmente. Cria do cinema, ele entende de narrativa como poucos autores e não consegue produzir um único texto ruim. Em apenas cinco obras, redefiniu um novo estilo de fazer novela e criou seu próprio jeito. A sexta semana de A Regra do Jogo trouxe de volta o ritmo frenético das suas produções e ganhou um fôlego novo com a revelação de que Zé Maria (Tony Ramos) é mesmo um bandidão da pior espécie e o grande assassino do Massacre da Seropédica, tendo matado vinte inocentes à sangue frio em um ônibus. A novela é muito ágil e muita coisa acontece em pouco tempo. Não há enrolação. Na segunda-feira (05/10), Tóia (Vanessa Giácommo) revela para Djanira (Cássia Kiss) que Zé Maria é um bandido, ela investiga e confirma a acusação da filha de criação, pede perdão a Romero (Alexandre Nero) por não ter acreditado nele e por tê-lo expulsado de casa quando criança. Na terça (06/10), Djanira descobre que Romero continua no mundo do crime e que ele e Zé Maria são parceiros em uma facção criminosa. Na quarta (07/10), ela confronta o filho e os dois tem uma dura e forte discussão, com direito a "Eu devia ter te abortado", e Djanira ainda briga com a filha por causa de Romero, chegando ao extremo de dar um tapa nela. Na quinta (08/10), foi a vez de Djanira confrontar Zé Maria. Na sexta (09/10), Djanira descobre a cobertura de Romero e mãe e filho se ameaçam, Tóia aceita ser informante de Dante (Marco Pigossi) para capturar Zé Maria e persegue o bandidão. No capítulo de ontem (10/10), ele descobre que Tóia está escondida e manda matá-la, deixando a jovem presa e desacordada em um barco, que afunda. Ufa! Se fosse nas mãos de outro autor, isso tudo daria um mês de novela! Uma salva de palmas para as atuações de Cassia Kis, Alexandre Nero, Tony Ramos, Vanessa Giácommo e Giovanna Antonnelli pela carga de emoção que imprimiram às cenas dessa semana, principalmente na que Djanira descobre a dolorosa verdade sobre Romero (Cassia e Nero, mais uma vez, formaram uma ótima parceria), na que Tóia e Djanira discutem por causa de Romero e a filha acaba levando um tapa da mãe de criação e quando Zé Maria espanca o ex-vereador e Atena atira nele. Por ter uma pegada de série, A Regra do Jogo afugenta um pouco. São muitas novidades para pessoas acostumadas a mais do mesmo assimilar e isso afeta muito o andamento. Uma pena, pois é fácil perceber que a trama delineada por JEC tem muito potencial.


   Desnecessário: participação especial de Ludmilla   


Completamente sem propósito a participação da cantora Ludmilla em I Love Paraisópolis. Do nada, ela apareceu no meio da sala de Soraya (Letícia Spiller) com uma mega produção, como se estivesse indo para um show, e começou a cantar. Se ainda fosse no "Cebola Brava", o restaurante da Mari (Bruna Marquezine), eu até poderia entender, mas na casa da Soraya?! O pior foi que, quando terminou de cantar, Ludmilla simples foi embora. Assim, sem mais explicações. Foi ação comercial, é isso? Desnecessário!



   Emocionante: o reencontro da Condessa com o filho   


Irene Ravache é, sem a menor dúvida, o maior destaque de Além do Tempo. Ela vem conseguindo expor com maestria todo o ódio de uma vilã fria, arrogante e cruel como a Condessa Vitória, assim como também tem uma habilidade incrível para exibir um lado mais frágil, sensível e carente dessa dura mulher, principalmente nos momentos em que a mesma fala sobre o filho. Essa semana, quando Vitória finalmente reencontrou o filho, Bernardo (Felipe Camargo), após muitos meses de incessante procura, essa grandiosa atriz mostrou com riqueza toda a emoção daquela desesperada mãe, a dor da ausência, a felicidade do reencontro e a dificuldade em lidar com aquilo tudo. Irene Ravache foi simplesmente perfeita e a cena pra lá de emocionante.



   Show: sétima praga do Egito   


Intensa chuva de granizo seguida de vários incêndios provocados pela queda de dezenas de meteoros de fogo. Foi assim que a autora Vivian de Oliveira e o diretor-geral Alexandre Avancini interpretaram a sétima praga do Egito em Os Dez Mandamentos, que representou mais um elemento de tensão entre os hebreus e egípcios, já que o castigo salvou seis hebreus da morte por enforcamento, impedindo os planos de vingança do tirano faraó.

A expectativa em torno de como as cenas foram feitas cresceram depois que um extintor de incêndio, acidentalmente deixado em cena, virou piada na internet. A presença do objeto de segurança se justificou, afinal, foram muitas as explosões e focos de incêndio. E em nada atrapalhou o resultado final das cenas. Em uma boa sequência, um egípcio foi arremessado nos ares depois que uma estrutura foi atingida por um meteoro, lembrando cenas de filmes de ação. A vilã Yunet (Adriana Garambone) teve um fim trágico: foi atingida por um meteoro de fogo e virou "churrasquinho". Embora tenha sido perceptível notar um certo ar de artificialidade nas cenas em que Moisés (Guilherme Winter) e Arão (Petrônio Gontijo) aparecem convocando a praga do alto de uma montanha com um efeito de chroma key mais falso que nota de três reais, para os padrões da Record, o que se viu foi um show de efeitos especiais e uma convincente edição de imagens com ares hollywoodianos. Houve uma ótima sintonia entre as explosões reais na cidade cenográfica, as bolas de fogo geradas por computação gráfica e a interpretação de atores e figurantes. Um espetáculo! Entretanto (...)


   Está incomodando: enrolação e cenas arrastadas de Os Dez Mandamentos   


(...), nessa guerra com A Regra do Jogo e na tentativa de segurar a alta audiência, Os Dez Mandamentos anda apelando para certos mecanismos, em uma clara tentativa de enrolar o público de casa. A novela vem patinando no gelo, repetindo cenas ou inserindo outras que não acrescentam coisa nenhuma para a história. Traduzindo: está enganando o telespectador! As pessoas adoram reclamar que as novelas da Globo são cheias de "barrigas", mas a da Record também vem nos presenteando com cenas pra lá de arrastadas. O capítulo todo de quarta-feira (07/10) girou em torno de uma sessão de enforcamento que nunca acontecia e com Moisés e Arão andando e andando e andando até uma montanha distante da cidade. No dia seguinte (08/10), a situação se repetiu e somente nos momentos finais do capítulo é que Moisés e Arão subiram ao topo da montanha e deram início a sétima praga. Detalhe: a sessão de enforcamento continuou rolando e nenhum dos condenados havia sido enforcado. Foi só sexta-feira (09/10) que a chuva de granizo e fogo (finalmente!) se abateu sobre todo o Egito e deu início ao show de efeitos especiais descrito anteriormente. Na boa, precisava de tanta enrolação até o início da praga? Isso está começando a incomodar! É o famoso "me engana que eu gosto".


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